quinta-feira, 9 de julho de 2009

Essa não tem a ver com Tênis

Cabeça de Mulher


Taí coisa que já rendeu mais piada do que a injusta fama dos nossos irmãos lusitanos. Mas como funciona, para que serve(o interior, digo)? “ Mistéeeerio ” como diria antiga senhora. Se você comprar revistinhas teens, verá coisas que até te parecem lógicas como: “ Quanto tempo esperar antes de ligar para eles no dia seguinte? ” , “ O tubinho preto te engorda? ” , ” Clara de ovos e Kiwi tiram rugas de expressão? ” . A verdade é: não sabemos. Simplesmente não entendemos os porquês dessas perguntas.
Lembrei disso pensando “ num acontecido ” . Estávamos eu e digníssima, mais filho e um casal amigo em um restaurante. Cervejas vão e vem e algumas porções(costela com mel e gengibre de “ lamber os beiços ” como se dizia). Resenha do Tênis semanal acontecendo com a análise fria e imparcial que o ambiente e a bebida proporciona. A cerveja era a genérica pois tínhamos damas presentes. A garçonete era o padrão, pega a ceveja quando ela se cansa da paisagem da parede branca e olha para você. Lá nos finalmentes, depois de uma semana onde o stress foi levado ao máximo, resolvi tomar uma dose de Jack Daniels, meu predileto. Veio com uma pedrinha como pedi. Só fresco(o wisk). Coisa boa demais. Empurrador que é dos demônios para os quintos, cumpriu seu papel. Com isso, a resenha do tênis progrediu. A análise foi feita, repassada, trespassada e a conclusão: sou ruim e preciso melhorar. Sorte já ter a solução: é só treinar.
Pedimos a conta. Olha daqui e olha de lá e notei que faltava a derradeira dose de Jack. Justiça: sim ou não. Lembrei do Senado, do Congresso, e pensei: “não quero ser igual.” Chamei a gerente e falei: cobraram-me de menos. Surpresa, agradecimentos depois veio a conta 13 contos mais cara. Paga a dolorosa, juntamos casais, filho, agasalho, celular e partimos. Em casa, a pergunta de minha senhôra: cadê meu celular. Lembrava de tê-lo pegado, junto com agasalho e vindo ao carro. Depois mais nada. Voltei ao restaurante e uns moleques na porta perguntaram: é seu esse celular. Lógico que era. Milagre? Só pode ser, adolescentes e pré-adolescentes devolvendo um celular com mp3, câmera potente e sei lá mais o quê? Se falar que não fiquei surpreso, estarei mentindo e muito. Em casa, alguém já imaginava qual seria seu próximo aparelho.
Alegria após a entrega do fugido, filosofei: “ Tá vendo, a honestidade rendeu frutos, Por eu ter lembrado da dose não cobrada, recebi o celular de volta.” Essa é a essência do bem: “Faça por onde, que eu te ajudarei.” Ainda há gente honesta nesse mundo.
Cabeça de mulher: ” Se não tivesse bebido o Wisk, não teria perdido o celular.”Será?

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